18 de dezembro de 2008

Tentativa #047 de último texto do ano.


Seria muito legal me despedir de 2008 no BcF com um texto louvável, mas na verdade a inspiração tem passado por mim com a mesma freqüência que um canguru passa pela Imigrantes descendo a serra para surfar.

Neste ano, como nos anos anteriores, caberia uma retrospectiva. É um ótimo exercício analisar um determinado período e refletir o seu papel no desenvolvimento dos fatos, para ver se isso culminará em um ponto em que você comece a achar necessário o exercício de retrospecção ou não. Calcular sua parcela de culpa, por assim dizer. Saber se o saldo ainda é positivo.

Por outro lado, isso é um tanto trabalhoso e pouco frutífero. O que fazemos é testar nossa memorabilidade, sem garantias de que com lembranças estaremos melhores preparados para o que está por vir. Essas são palavras vindas de alguém que acredita no conhecimento através da experiência, que uma vez escreveu um texto louvável em outro blog sobre o mesmo tema. E eu me lembrei deste texto porque queria escrever um igual, mas muito tempo passou e, como disse o outro, um homem nunca entra no mesmo rio duas vezes.

Analisando friamente, chego em dezembro para escrever minha última crônica do ano no BcF (e talvez a última da dupla se o camarada não fizer nada a respeito) com esse pensamento: 2008 foi um ano de encerramentos. Eu estava trabalhando, e agora não estou mais. Eu estava estudando, e agora me formei. Não vejo alguns amigos há mais tempo que deveria, mas gente para conhecer nunca falta. O São Paulo continua campeão brasileiro. Eu ainda dou risada do rebaixamento do Corinthians.

Muitas coisas mudam. Umas para pior, outras para melhor. Uma espécie de equilíbrio natural no qual tentamos interferir para o nosso próprio bem.

Meus sinceros votos de fim de ano.

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