29 de novembro de 2009

Onde o São Paulo perdeu o título

Vou só escrever uma coisa rápida, que estive pensando durante as últimas horas.
Na minha opinião o São Paulo perdeu o título no empate com o Grêmio.
Ali perdeu sua única vantagem sobre os outros times: o plantel.
Se você parar para pensar, todo o time entrou em campo achando que aquele jogo contra o Grêmio seria o jogo do campeonato. O sistema defensivo do São Paulo (que vem falhando constantemente, algo curioso para a melhor defesa do campeonato) não deu conta da pressão, exagerou nas faltas e dentro de campo o São Paulo perdeu dois titulares e um bom reserva.
Mas é engraçado pensar. O São Paulo entrou em campo com uma mentalidade de guerrilha contra o único mandante invicto do campeonato, e para sair com um ponto de lá perdeu dois jogadores titulares. Sem eles, perdeu três pontos do segundo pior mandante (Botafogo) e outros três de um time que não disputa mais nada no campeonato (Goiás).
Logo depois deste argumento vem a famosa sigla: STJD.
Se você parar para pensar, o STJD pegou um pouco pesado com Dagoberto e Jean. Não posso falar que o Jean faria muita diferença contra o Botafogo porque não sei como o Ricardo Gomes montaria o time se ele pudesse jogar ou qual alterações faria. Posso dizer que seria um bom jogador a mais, daqueles que não precisam jogar muito bem para em um lance fazer a diferença.
Mas o problema maior mesmo foi no ataque. o Dagoberto era um jogador em boa fase e com certeza fez falta. E para piorar, o substituto direto no ataque do São Paulo também estava suspenso (com razão).
Mas eu realmente acredito que se o Dagoberto tivesse jogado os jogos contra Botafogo e Goiás, a coisa seria diferente.
É aquilo que eu disse, e vou repetir: O São Paulo entrou em campo com uma mentalidade de guerrilha contra o único mandante invicto do campeonato, e para sair com um ponto de lá perdeu dois jogadores titulares. Sem eles perdeu três pontos do segundo pior mandante e outros três de um time que não disputa mais nada no campeonato.
Há um erro em colocar na cabeça do jogador de futebol que, em um campeonato de pontos corridos, exista um jogo importantíssimo de ganhar. Todo jogo vale três pontos e todos os times se enfrentam. A prova disso é o Palmeiras ter liderado quase metade do campeonato e agora ter as mesmas chances de ser campeão que outros dois times: Dependem exclusivamente de uma derrota do Flamengo.
Resumindo. Na tentativa de ganhar na raça, o São Paulo ganhou um ponto e perdeu 6. Agora torce para que aconteça na última rodada o que aconteceu no campeonato inteiro: esperar o líder entregar a taça para outro.

3 comentários:

Igor Nishikiori disse...

Sabe, esses dias eu estava justamente pensando sobre essa função do STJD como guardião da moral e dos bons costumes. Quer dizer, um comentário mal colocado ou uma jogada mais desleal do jogador já é motivo para algumas belas semanas de suspensão. Se fosse algum tempo atrás, Serginho Chulapa jogaria umas duas partidas por ano.

Mas a questão é que o juiz fica totalmente desmoralizado. Se o cara acha que certa jogada vale cartão amarelo, qual o real motivo de julgar um gancho pro infrator se ele já foi punido em campo? O fato de o juiz ser a autoridade maior durante a partida não significa nada?

Andre Leite disse...

Essa discussão já esteve na roda tantas vezes que eu nem me lembro se foi quem você que comentei isso. O papel do STJD deveria servir para punir os jogadores que cometeram alguma infração que não foi vista pelo árbitro. Se o juiz vê um lance, adverte o jogador (de qualquer forma, com um cartão, uma expulsão ou repreensão verbal) e escreve na súmula sua interpretação, não há mais nada que o STJD precise fazer.
Fica muito chato no futebol ver o cartão vermelho que suspende por 1 jogo ser igual ao cartão vermelho que suspende por 2, 3, 4...

Igor Nishikiori disse...

É, não foi comigo não. Mas é bem por aí.

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